| | | | | Museu da Indústria Têxtil atrai novos públicos | | 20-04-2006 | Museu Têxtil do Ave prepara-se para integrar rede nacional | | “O município de Famalicão está agora mais rico ao nível do património industrial.” Foi com estas palavras que o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Armindo Costa, inaugurou, terça-feira, uma nova ala do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave, constituída por uma nova sala de reservas, um centro de arquivos empresariais e uma galeria para exposições. A inauguração das novas valências esteve inserida nas comemorações municipais do Dia Internacional dos Monumentos e Sitos, que se assinalou dia 18 de Abril.
Para o director do Museu da Indústria Têxtil do Ave, Lopes Cordeiro, a abertura destas novas áreas surge na sequência do trabalho “altamente meritório da Câmara Municipal, na preservação do património industrial do concelho”.
Segundo o responsável, “esta é uma obra simples, mas de grande importância para o museu”, que vai no sentido da concretização de um dos principais objectivos da estrutura: a criação de novos públicos. Para Lopes Cordeiro, “este é um dos principais problemas dos museus actualmente, que agora poderemos enfrentar através da organização de um conjunto de iniciativas e exposições regulares”.
Neste sentido, o museu, que é gerido pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, inaugura já no próximo mês de Maio, uma exposição dedicada ao “Traje e o Trajar no Baixo Minho”.
Entretanto, no que diz respeito às novas valências, o director do museu referiu que, com a criação de uma sala de reservas, “passamos a ter as condições necessárias para integrar a Rede Portuguesa de Museus, possibilitando assim a candidatura a diversos subsídios na área da cultura”.
Por sua vez, o novo centro de arquivos industriais, permite ao museu a inventariação e salvaguarda de documentos, que fazem a história das empresas têxteis da Bacia do Ave, em particular daquelas que venham a cessar a sua actividade, “preservando assim um valioso património industrial, que de outro modo se perderia”, como referiu Lopes Cordeiro. Os arquivos das empresas irão servir de base para a actividade do museu do ponto de vista científico e uma oportunidade para os investigadores trabalharem nas suas pesquisas.
“Este é um centro único a nível nacional”, salientou o responsável, adiantando que, em breve, o museu irá receber os arquivos da histórica fábrica “Sampaio Ferreira”, de Riba de Ave.
Por fim, a galeria das exposições temporárias, que constitui também um espaço polivalente, irá permitir ao museu realizar nas suas próprias instalações diversas iniciativas, como conferências, seminários, entre outras.
HOMENAGEM À INDÚSTRIA TÊXTIL
Durante a cerimónia de inauguração, Armindo Costa avançou com a ideia de construir no concelho um monumento de homenagem à indústria têxtil e aos empresários deste sector, referindo que “a história do concelho fez-se com a ajuda destes homens e mulheres que trabalhavam nas fábricas têxteis”.
Referindo-se às novas valências do Museu, o autarca disse que “esta foi uma obra necessária e de baixo custo”. Apesar de se mostrar satisfeito com as novas áreas, Armindo Costa salientou que “a intenção da autarquia continua a ser a mudança de instalações do Museu da Indústria Têxtil, para o pavilhão da antiga fábrica do Outeiro”, sendo que neste momento, “estão a decorrer as negociações”.
Recorde-se que a inauguração das novas instalações do MIT, inseridas no Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, foi de encontro ao tema proposto pela UNESCO, o património industrial, para celebrar este dia. Neste sentido, Lopes Cordeiro salientou que “o município de Famalicão é o único organismo nacional a colaborar com a UNESCO, comemorando o tema escolhido internacionalmente”. |
| | | |
| |
|
|